terça-feira, 7 de maio de 2013

Debate LINKEDin - Transparência Pública

Debate iniciado por:

Joab Santos - Client Manager at GOVBR S/A

Não há mais espaço na administração pública, em todos os níveis, para a falta de transparência. A nova Lei da Transparência (Lei Federal 12.527), que entrou em vigor no ano passado, terá de ser plenamente aplicada pelos novos prefeitos. A grande maioria dos municípios, contudo, está deficiente no respeito à nova Lei de Transparência. É uma lei que vai muito além da divulgação da folha de pagamento na internet.

A lei, por exemplo, coloca o cidadão com poderes que antes eram exclusivos dos vereadores, como requisitar informações da gestão. Agora qualquer cidadão pode fazer um pedido de informações às prefeituras. Os novos prefeitos não devem encarar isto como intromissão indevida, mas como um novo estágio da democracia brasileira. O TCE irá fiscalizar o cumprimento da Lei de Transparência, em parceria com os demais órgãos de controle.

COMENTÁRIOS:

Monique SimõesA Tecnologia da Informação e Comunicação teve um crescimento altíssimo nesses últimos anos. Esta evolução possibilita a transformação da vida do cidadão. Com a utilização das TICs, o setor público intitulou-se governo eletrônico ou e-gov. Os governos criaram portais eletrônicos para disponibilizarem informações e serviços à sociedade.
Infelizmente, não possuímos uma cultura participativa devido aos vinte e um anos de estado autoritário, de 1964 a 1985. Por este motivo, torna-se difícil a participação da sociedade nos atos governamentais.
Os governantes ainda não tem consciência da necessidade de prestação de contas e a sociedade não possui uma cultura ativa politicamente e fiscalizadora.

Sr. FerrãoSrª Monique Simões. Permita-me discordar do parágrafo do seu comentário: "Infelizmente, não possuímos uma cultura participativa devido aos vinte e um anos de estado autoritário, de 1964 a 1985. Por este motivo, torna-se difícil a participação da sociedade nos atos governamentais." 

A nossa constituição cidadã é datada de 1988, já com quase 25 anos de sua promulgação, tempo suficiente para formar uma cultura e conscientização da sociedade em participar do planejamento e da fiscalização das políticas públicas. Pois, é a população que financia todas as ações do governo e que, ainda, não dispõe de um sistema confiável que possibilite apresentar as informações com total transparência sobre as receitas arrecadadas e as despesas efetuadas.

Na realidade, não possuímos uma cultura participativa devido à falta de uma “Educação Fiscal” nas escolas, visando que o cidadão possa ter conhecimento dos seus direitos e obrigações, bem como lhe seja ensinado como usar os meios de “Controles Sociais” e órgãos fiscalizadores disponíveis para que possa fazer as suas denuncias - Aqui está o verdadeiro motivo que dificulta a participação da sociedade nos atos governamentais.

A quem interessa que o povo não seja esclarecido? Os 21 anos dos governos militares ou os 25 anos dos governos atuais?
Att: Ferrão

Monique SimõesBoa tarde!
Respeito sua opinião e concordo que nossa Constituição é excelente, em relação aos direitos dos cidadãos. Só coloco em dúvida se realmente acredita que nossa sociedade tem consciência e participa do planejamento e da fiscalização das políticas públicas?
Se realmente existisse participação popular, os políticos e os gestores públicos teriam a mesma postura?
Apesar de toda transparência, o cidadão tem conhecimento dos objetos licitados e suas especificações?
A sociedade sabe o que é feito com o dinheiro público?

Se o cidadão acompanhasse pelo menos os processos licitatórios, com certeza, existiriam várias impugnações ao edital em relação a necessidade dos objetos licitados e as especificações exigidas.
Infelizmente, a sociedade só tem conhecimento dos fatos quando são expostos na mídia.

Esta semana, assisti uma sessão parlamentar no Canadá. A população participa dos pleitos e os parlamentares são obrigados a prestarem contas dos seus atos. O cidadão interfere diretamente nas decisões políticas. Isto é participação popular!


3 comentários:

  1. Boa tarde. Achei interessante sua pergunta: “A sociedade sabe o que é feito com o dinheiro público?”.
    Antes de responder faço outra pergunta: Será que eu, como integrante da sociedade, sei que a verba denominada dinheiro público na verdade é uma parcela do meu salário? É a minha contribuição para pagar as contas de nossa casa chamada Brasil?
    É provável que não, pois, se tivesse esta consciência controlaria o gasto de cada centavo. Por exemplo, quando alguém de nossa família nos pede um dinheiro perguntamos logo para comprar o que? Precisa mesmo disto? Já procurou o mais barato?...
    Porque não fazemos assim com os gastos públicos? Simples, a sociedade não sente que é o seu dinheiro que esta sendo usado indevidamente por isso não procura saber o que é feito com o dinheiro público. Se não é meu deixa gastar.

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  2. Boa tarde.
    Fique pensando no questionamento: “A quem interessa que o povo não seja esclarecido? Aos 21 anos dos governos militares ou aos 25 anos dos governos atuais?”
    Talvez seja um equivoco porem acho que o maior interessado em manter o povo sem os esclarecimentos necessários para fazer o controle adequado da gestão da coisa pública talvez seja o próprio povo.
    Segundo determinações legais deveria ser implantado um Conselho Gestor em Unidades de Saúde Pública Municipal. Tal conselho seria composto de 25% por gestores públicos, 25% funcionários da unidade e 50% membros da sociedade.
    É oportuno informar que através do Conselho são definidas as diretrizes para a saúde pública, transmitidas as informações sobre os problemas e as dificuldades dos usuários para os administradores tomarem providência. Além disso, as decisões tomadas em assembleia devem ser cumpridas pelo administrador (GESTOR). Inclusive é através dos conselhos que são definidas as ações de fiscalização das verbas para o setor.
    Pois bem, o conselho foi implantado em uma determinada unidade porem sobreviveu poucos meses. MOTIVO DA MORTE SÚBITA: FALTA DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NAS ASSEMBLEIAS. Sem a cobrança e interesse do maior beneficiado, o povo, o conselho está inativo. Não foi falta de esclarecimento, houve uma campanha informando a comunidade local porem a mesma não tinha tempo disponível para cuidar da coisa pública. É a cultura do não é minha culpa, logo pouco ou nada posso fazer. Não é minha responsabilidade.
    É mais fácil pensar assim, não tenho culpa pelo meu nascimento, pela minha educação deficiente, pelos políticos corruptos e nem por esta Administração Pública, em regra, ineficiente. Coitada de mim. Uma voz solitária na multidão nada pode fazer.
    É uma posição cômoda, é mais fácil quando posso responsabilizar outros e ficar na posição de ultrajado maltratado pela vida e sociedade.
    Entretanto eu posso pensar assim: Meu nascimento foi graças à perseverança e seleção criteriosa das duas metades que se uniriam para dar forma ao ser uno e maravilhoso que sou; Poderia ter aproveitado melhor os parcos recursos disponíveis para melhorar minha qualidade de vida; Poderia ter usado um pouco da minha perseverança para selecionar de forma criteriosa os melhores políticos na hora preciosa de meu voto; Vou mudar minha postura cidadã, vou ser mais atento e não ser conivente com um serviço ineficiente, vou exigir meus direitos e de toda a sociedade, vou fiscalizar e ensinar a todos os que me cercam a fazer o mesmo, vou tomar as rédeas dos caminho de minha comunidade. Eu tenho o PODER DO VOTO, eu posso muito e vou fazer.
    Isto não é utopia é apenas trabalhoso, trabalho que infelizmente eu como parte integrante da sociedade, salvo raras exceções, não estou desempenhando por não ter um retorno econômico imediato.

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  3. Exclente comentário, gostei muito do seu posicionamento. Muito obrigada.

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