terça-feira, 12 de março de 2013

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O Banco Mundial divulgou um relatório baseado na análise da economia de 185 países. Os dados informam que o nosso país está ocupando a posição de 130° neste ano de 2013. Esta pesquisa é realizada todos os anos com o objetivo de avaliar a facilidade de uma empresa funcionar, considerando as questões tributárias e regulatórias. Ela demonstrou que de 2010 até hoje, o país perdeu 18 posições, ou seja, as condições oferecidas para as empresas se estabelecerem no Brasil estão cada vez piores. É muito mais vantajoso para as empresas se instalarem em países que ofereçam benefícios através das reformas visando a arrecadação de impostos, gerando empregos e acarretando movimentação na economia.

O Brasil está muito a frente dos outros países em relação as desvantagens que são oferecidas às empresas em um processo de abertura. Os procedimentos para abertura de firma são lentos e há um enorme desperdício de tempo para organizar todas as inscrições, pagamentos de impostos e emissão de certidões. Diante dessas dificuldades, destacam-se os altos impostos e a burocracia.

Deve-se considerar a competição existente entre os países para atraírem investidores estrangeiro. Cingapura está em primeiro lugar pelo sétimo ano consecutivo da pesquisa do Banco Mundial.

Este ano, o país mais bem colocado na América latina é o Chile que ocupa a posição n° 37. Colômbia, Guatemala, Perú e México estão entre os 40 colocados que mais inovaram nas políticas regulatórias desde 2005, concedendo benefícios às empresas locais.

Esta mesma pesquisa revela que subiu em 20% o número de falências de empresas em janeiro no nosso país, contrariando a menor taxa de desemprego em 11 anos.

Apesar de inúmeras desvantagens e péssima colocação do Brasil na economia mundial em relação ao empreendedorismo, nosso país também possui pontos positivos. Dentre eles, destacam-se a melhoria para obtenção de créditos e proteção dos investidores. Hoje, apesar da nossa colocação, “o Brasil é um destino atraente aos investidores”, diz o estudo. Esse resultado é baseado no crescimento da capacitação nos fluxos de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), aumento do consumo interno, descobertas de petróleo e a realização da copa do mundo de 2014 e dos jogos Olímpicos de 2016.

O Brasil está atrás apenas da China e dos Estados Unidos em processo de criação de negócios próprios. Ele aparece em terceiro lugar no ranking de 54 países analisados pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), realizada anualmente. É fruto de uma parceria entre o SEBRAE e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). Segundo o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos:

“O Brasil mudou muito nos últimos anos: cresceram a renda e o nível de emprego. Por isso, hoje temos empreendedores mais qualificados, que buscam no próprio negócio a oportunidade para se desenvolver”

É importante que o Brasil aproveite esses pontos positivos fazendo com que os economistas e dirigentes políticos analisem a possibilidade de reduzirem os impostos e diminuírem a burocracia para abertura de novas empresas no país, pois precisamos alavancar nossa economia para obtermos uma melhor colocação na pesquisa do próximo ano.

O Banco Mundial firmou um contrato de empréstimo de dezoito milhões de dólares com o Estado do Rio de Janeiro, através de Secretaria de Planejamento e Gestão, para o desenvolvimento de gestão de políticas públicas, que deverão ser investidos até 2014, com objetivos específicos. Os projetos de elaboração de sistema para catalogar e cartonizar o patrimônio do Estado, desenvolver sistemas para o Rio Previdência, contratação de consultoria sobre gestão de riscos, criação de metas de desenvolvimento para a saúde e aquisição de dois radares já estão em execução.

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